O sonho de morar fora
Morar fora sempre foi um sonho pra mim, desde cedo eu sempre pensei a respeito. Durante a faculdade a vontade foi aumentando, mas somente uns anos depois finalmente tive uma chance que acabou me proporcionando uma experiência ímpar uns anos atrás.
Nessa ocasião, eu me mudei para Timor-Leste, onde trabalhei para a ONU (Organização das Noções Unidas), num país pequeno e pouco conhecido do sudeste Asiático, um lugar com pouco contato direto com o Brasil, apesar de ser também uma ex-colônia de Portugal.
Caso esteja curioso(a), você pode ler mais sobre isso nos links abaixo, onde contei um pouco naquela época como foi essa mudança, dificuldades, dia-a-dia, etc:
- Timor Leste: O início
- Timor Leste: A viagem
- Timor Leste: Vivendo em Timor Leste
- Timor Leste: Trabalhando para as Nações Unidas (ONU/UN)
- Timor Leste: O final
Antes da mudança
Pois bem, voltando ao tópico principal, sobre a vontade de morar fora do Brasil. Este sempre foi um tópico que tratei com carinho, pois queria uma nova aventura, de uma forma duradoura e agora depois de muito pesquisar, escolhi a Europa.
A Europa me pareceu um bom destino pelos seguintes motivos:
- Queria morar num lugar onde minha família possa ter uma boa qualidade de vida.
- Tenho vários amigos e alguns parentes que já moram na Europa.
- Posso me mudar para outros países com uma facilidade maior estado legalizado em algum estado membro da UE (União Européia).
A procura da vaga ideal
Com estes critérios em mente, eu comecei então a me preparar, organizei CV, Linkedin, comecei a me candidatar a vagas, e com o passar do tempo também comecei a ser muito procurado por recrutadores.
Nota: Este é um processo longo, demorado e cansativo, onde geralmente envolve várias entrevistas, muitos testes técnicos, as vezes horários estranhos, como as 6h da manhã ou menos, por conta da diferença do fuso.
Por muitas vezes o pensamento de desistir aparecida, então quando isso acontecia, eu me dava um descanso de alguns dias, me focava em algo difrente e depois voltava a tentar novamente.
Finalmente depois de muito procurar, consegui 2 ofertas sólidas onde ao final acabei escolhendo esta que me trouxe pelos seguintes aspectos:
- A empresa me deu auxílio jurídico no processo de imigração antes/durante/depois.
- A empresa pagou minha passagem.
- Salário e benefícios compatíveis com o que procurava.
E por último, mas não menos importante o fato de poder começar sem a dificuldade de precisar aprender uma nova língua colaborou muito na decisão por Portugal!
Pedido de visto
Depois que aceitei a proposta da empresa, iniciou-se então esta etapa do pedido de visto, nesta ocasião tive várias orientações sobre como preencher cada formulário, que documentos eram necessários e como obtê-los, taxas a pagar, tudo o que eu precisava enviar pro consulado. Depois de enviados os documentos em cerca de 45 dias recebi o meu passaporte com o visto de trabalho!
Todo o processo levou em torno de 60 dias entre providenciar documentação que eu ainda não tinha, ir a cartório, apostilar documentos, e só depois com tudo pronto, enviar o pedido para o consulado.
O tipo de visto que solicitei foi o D2, que me permite atuar como consultor, equivalente a um contrato PJ no Brasil, mas falo melhor sobre isso em um artigo a parte.
Marcando a viagem
Finalmente depois de ter o visto em mãos, chegou a hora de me preparar para a viagem, o que envolvia pedir demissão do trabalho atual, onde só avisei que iria me desligar após ter o visto em mãos, para não correr o risco de ficar sem emprego por um tempo, por mais que eu precisasse de férias, não era o melhor momento pra isso.
Pois bem depois de avisar na empresa antiga, já agendei com a nova empresa a data da minha chegada, para que fosse provedenciada a viagem!
Esta fase foi extremamente cansativa, pois decidimos vender tudo o que tínhamos em casa, carro, etc, para iniciar de vez esse novo capítulo com uma situação bem resolvida.
Viajando para Portugal
Finalmente, chegou a hora da mudança!
Essa despedida foi mais difícil do que a primeira vez morando fora, pois agora a família está maior, seja com mais sobrinhos e sobrinhas, cunhados, cunhadas e claro a minha filhinha. Então é de se imaginar que teria muita despedida, especialmente dos tios e avós. Após algumas despedidas e lágrimas finalmente embarcarmos para dar início a essa longa jornada.